quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Na na na na na na na na...

I´m the night!

Re-redesign do Batman!

Depois de escutar algumas críticas mais construtivas do que destrutivas de alguns amigos próximos (eles detestaram minha Poderosa, mas eu ainda gosto dela), me convenci de que o meu Batman estava uma porcaria.

Não havia nada de novo, não havia identidade. Não era um Batman para chamar de meu.

Como já disse, parte do processo de redesign é me apossar da personagem, deixando ela com uma cara que ainda seja a dele, mas ainda mais importante que seja a minha interpretação pessoal da mesma.  Eu notei que eles ficam no ponto quando começo a me divertir desenhando-os. E como desenhei Homens-morcego essa semana!

A outra parte é que mesmo desenhando a personagem várias vezes não sinto necessidade de alterar nada. Ela fica redonda. Ela se move sozinha. Pede as suas poses e tudo mais.

Vai ai a versão final:


Como vocês podem ver eu abandonei o amarelo e passei a usar cinzas. De mais notável foi a inclusão de um cinza gelo em detalhes para trazer luminosidade e contraste. O cinto de utilidades ainda está lá e ficou grandinho, afinal ele carrega um monte de geringonça. Mudei a logo mais uma vez, apesar de ainda estar bem reta. A mascara ficou também reta e mantive as orelhas curtas e curvadas para trás. Acho que parte da identidade do morcegão está na ausência de curvas e sinuosidade. Ele é reto, sólido e severo. Preto e branco.

As canelas e antebraços usam proteções leves e as tiras que prendem as mesmas servem para dar aquele aspecto de espetos curvos que por um tempo ele teve nas luvas e dos quais eu gosto, pois ajudam a dar identidade a sua silhueta.

Sobre o tipo físico não ha nenhuma nota digna a não ser que tive que ter atenção redobrada nos ombros. Eles são largos. Batman é boa parte do tempo um vulto nas sombras, então os ombros são importantes por serem a única coisa que fica marcada no seu corpo quando ele está de capa fechada bancando o Drácula. Reforcei isso ainda mais deixando os ombros da capa pontudos (ombreiras?). Batman tem síndrome de vampiro, vai entender...

Sem mais. Desse eu gosto. Tem a minha cara. E me fez gastar um monte de canetas e tinta nanquim essas duas últimas semanas. Fecha com ele em pb. Abraços.



PS: a logo ficou toda torta na tinta, mas quis ser honesto (preguiçoso) e deixar assim mesmo. Na cor tá ok.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Apenas um post

Vadiando no feriado. O máximo de produção foi essa turminha do barulho aqui.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Liga da Justiça...

Pois bem. Meu curso de quadrinhos acabou. E para finalizar o mesmo tive que desenhar duas páginas da Liga da Justiça com os designs novos. Não foi mole.

É engraçado atentar como a ausência de envolvimento emocional tornou todo o processo muito mais difícil. Desenhar essa pessoal de uma forma que me agrada-se foi uma tarefa muito mais difícil do que imaginei, simplesmente porque não os amo. Se fosse os X-Men teria sido muito mais fácil e divertido.

Confesso que depois de ficar estudando esses novos design (bem genéricos no geral) comecei a me incomodar menos com alguns deles, em especial o do Super-Homem, apesar dele não parecer com o que eu imagino do Super-Homem. A idade está errada.

Outra coisa interessante foi ver que todo o trabalho de "overdesign" feito foi extensivamente defenestrado pela maioria dos desenhistas da maioria das revistas. Tirando o revista da Liga propriamente dita, que era desenhada pelo Jim Lee, os artistas das demais revistas fizeram o que que bem entenderam a respeito dos detalhes, linhas, costuras, armaduras, etc. Foi bastante libertador ver que nada disso importava tanto assim e me permitiu desenhar com mais prazer esses caras depois de percebido.

Sem mais delongas, vamos as páginas. Só não estão tão nítidas quando de costume por estarem em grafite (era exigência) e eu não estar tão acostumado a tratar páginas nesse ponto.
O número de quadros era fixo assim como o roteiro geral. (o garotinho apontando para cima foi talvez a minha maior interferência no roteiro)



Eu tentei, tentei mesmo, mas nada salva esse design do Ciborg! Parece um Mega Man X prateado se muito ou talvez um chefe de fase do mesmo! Vamos fazer de conta que ele ficou oculto atrás do Shazam...

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Cena três e o problema da consistência

As páginas ligeiramente fora de ordem. Shame on me.

Mesmo andando mais devagar ainda não parei de fazer a HQ.  Ai está a cena 03 onde apresento o último personagem relevante. Talvez o mais relevante. E ele está (quase sempre) zangado. Um pouco temperamental, mas é um homem da ciência mesmo não parecendo.


Pois bem. A pior parte de fazer uma história, assim aos poucos, é a consistência da arte. Como ainda estou estudando algumas soluções de tratamento e figura com o passar do tempo a arte tende a mudar ligeiramente como se passando por um ajuste fino. Nada demais, pois geralmente eu consigo controlar as mudanças maiores, mas é duro ter uma solução de tecido ou cabelo melhor e ter de abrir mão dela porque ela não foi usada nas primeiras páginas e a uma ajuste a essa altura poderia fazer coisa toda ficar mal ajambrada. Nessas horas é preciso firmeza e se apegar aos conceitos gráficos inicias (que felizmente existem) por mais que alguns deles me desagradem atualmente.

É muito difícil para mim continuar gostando das escolhas que faço 6 meses depois de faze-las...

Sempre se chega a uma alternativa melhor com o tempo. Não tem jeito, se não fica-se fazendo refações eternamente. Mesmo assim gostei bastante dessas páginas. É fantástico ver esse processo lento, que é fazer quadrinhos, acontecendo e as páginas se acumulando aos poucos. Mais fascinante ainda é ver isso acontecer sabendo que a leitura das mesmas vai levar no máximo uma tarde quando tudo estiver pronto.

Segue ai dois quadros em detalhe dos quais gostei em especial. Até breve.


O nosso protagonista engomadinho todo pimpão. As vezes é bom se sentir confiante.